Mito 1: Você não pode esperar um retorno sobre os investimentos em Governança Corporativa
– Realidade: Embora muitas empresas vejam os investimentos em Governança Corporativa como despesas obrigatórias, poucas percebem que podem obter retornos significativos, direto ou indiretamente.Fato: Na Ásia e na América Latina os investidores pagam um ágio médio de 22% para as empresas com boa Governança Corporativa. Além disso, empresas com boa Governança Corporativa recebem melhores avaliações de crédito e taxas de juros.
– O que fazer: Não visualize os investimentos em Governança Corporativa como um mal necessário, mas sim como uma oportunidade de mitigar os riscos, melhorar a imagem da empresa e gerar retornos positivos para a organização.
Mito 2: Liderança ética se traduz em boas práticas de Governança
– Realidade: Embora seja importante que a administração mantenha os mais altos padrões éticos, é preciso perceber que a maioria das fraudes de menor escala ocorrem entre os colaboradores da área operacional. Isso pode afetar o fluxo de caixa podendo ter consequências devastadoras para o mercado e órgãos regulamentadores.Fato: Despesas relacionadas com fraudes e outros conflitos de interesse por parte dos trabalhos de nível operacional são menos propensas de serem divulgados, embora 83% dos colaboradores duvidarem da ética profissional de seus colegas. São estimados que 60% a 80% das más condutas financeira não são identificadas.
– O que fazer: Implementar controles a nível de entidade (ELC – Entity Level Controls) e controles internos para estabelecer níveis de padrões éticos para a área operacional. Isso envolve conscientização ética rigorosa em todos os níveis organizacionais, capacitando principalmente os gerentes de nível intermediário para atuar como defensores da ética em suas equipes.
Mito 3: Treinamento e divulgação sobre a conduta ética da empresa cria uma boa cultura de governança.
– Realidade: A maioria das empresas não consegue estabelecer uma cultura de ética nas organizações.Fato: Quase 90% das empresas medem o sucesso da conduta ética dos colaboradores através dos treinamentos. Porém, isso não comprova se os colaboradores estão agindo no dia-a-dia conforme a conduta ética
– O que fazer: Medir o sucesso da conduta ética por meio de mudanças comportamentais. Os treinamentos sobre a conduta ética devem ser personalizados para cada nível/área organizacional, aplicando cenários reais ao dia-a-dia do colaborador.
Mito 4: Conformidade com órgãos reguladores garante uma boa governança
– Realidade: As empresas não podem achar que estar em compliance ou em conformidade com os órgãos reguladores é garantia que existe uma boa governança.Fato: Muitas fraudes são cometidas por colaboradores de empresas que cumprem todos os regulamentos necessários.
– O que fazer: Não espere que as leis e regulamentações se tornem mais rigorosas para que sua organização tenha uma melhor governança corporativa. Esteja sempre em conformidade com as melhores práticas e padrões, dessa forma sua organização estará à frente das mudanças.
Mito 5: Comitê de Auditoria é o meio mais importante para fortalecer a governança corporativa
– Realidade: O Comitê de Auditoria normalmente assume a culpa pelas falhas de governança apesar de o board não definir o escopo do Comitê de Auditoria e apoiar com os processos corretos.Fato: As responsabilidades dos comitês de auditoria são raramente definidas e normalmente o comitê se torna o responsável pela gestão dos riscos para o board. Isso impede a fiscalização sobre a governança e aumenta o risco de fraude.-
O que fazer: Formalizar a responsabilidade do Comitê de Auditoria, os papéis dos membros, o calendário e resultados das reuniões, tornando os mesmos públicos para a confiança do mercado.
Mito 6: Um forte sistema de Gestão de Fraude é a forma mais importante de registro de má conduta
– Realidade: Criação de controles e sistemas de detecção de fraudes, embora importantes, não são suficientes para reduzir a má conduta. Para construir um sistema eficaz de governança, as empresas devem criar uma cultura de ‘speaking-up’ em que os empregados denunciam as más condutas sem medo de retaliação.Fato: De acordo com o relatório de 2010 da ACFE (Association of Certified Fraud Examiners), as denúncias realizadas pelos funcionários foram fundamentais para o esclarecimento de 47% dos casos de fraudes, que é mais do que todas as outras ferramentas de gestão de fraudes (16% auditoria interna; 4% análise de documentos; 1,5% controles de TI).
– O que fazer: fortalecer o compromisso de integridade, demonstração de justiça organizacional e aumentar a cultura de utilizar o canal de denúncia.
Fonte : GRC News – artigo de Felipe Sanches
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